sexta-feira, 24 de maio de 2013

Você abrigo

“No aperto do abraço
tenho carinho do seu tamanho
teu cheiro no pescoço
e teu quente que é tão gostoso

descanso meu cansaço
cochilo em seus braços
até que você me acorde
de suas pernas, peito e colo

tua beleza é sempre tua
Bonito
Já sinto que lá vem você e suas perguntas
Se fica melhor com isso ou com aquilo
Se pode continuar a seguir este caminho
 ou se já pode desistir

nas suas tintas nas mãos
e cores num peito macio
há dores
flores
amores

De você já nem sei mais o que quero
O que somos
o que sinto
Suas bobagens eu ignoro
E do seu aperto faço abrigo

Me vicia sua presença
Bonança
E madrugadas andanças

Quarto no fundo
Casa
Sala
Sofá
Não alimentar
Brigas sem esperar

Façamos do nosso convívio
Abrigo
De nossas tão semelhantes teimosias
Das alegrias sempre sadias
Das folhas e poesias

Do cotidiano
Um “como foi seu dia?”
Suburbano
Sempre na correria
E quem diria
Ligar toda hora
Todo dia

Amizade,desejo, lampejo
Da dúvida traidora
De você ainda quero o beijo

De tudo que me tira a paz
E na perda de controle que a ansiedade me traz
As vezes escolho o nunca mais

Na ânsia
Minha boca não para
Chata!
E você ainda me quer
Me abraça
E me pede pra ter sua calma
Sua paciência
Eu tenho carência
Não me peça pra respirar
E ter decência

Hoje só quero naturalmente ser e estar
por perto de você
até quando me permitir ficar

e se nada disso adiantar
que possamos viver
e por dentro nos eternizar.”

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