quinta-feira, 30 de maio de 2013



"Gui
a todos nos fez rir
até a paz surgir
depois que chegou por aqui

Protetor
um filme se passou
e apesar de toda a recordação
o amor ainda foi o que ficou

Gui
logo estará aqui e ali
mais ainda recebe do peito
afeto
amor vindo da alma
calma
alimento

Em lágrimas me desfiz
quando te vi
peguei no colo
fiquei sem jeito
emocionada
sorri

Gui
guia nosso caminho
ainda menino
chegou tão tranquilo
se não estiver no colo
choro
em manhãs, noites e madrugadas

Agradeço sua vinda ao mundo
que você seja simbolo
de tranquilidade
para aquela agora sua Rainha
que deixou de ser menina
sentiu dor e frio em todo corpo e espinha
sem que esperasse sua vida
nunca desistiu
esperando a sua vinda

Quarto azul
cabelo acinzentado
hoje bebê
o amanhã ainda abstrato

Era pra ser Isabel
depois que descobriu que não
veio lindo menino
virou da mãe sorriso
sua vida
seu universo
e Céu."

Amigo Imaginário

"Queria um amigo imaginário
Sim, alguém inexistente
Assim na correria
ele de meu pensamentos
teria interesse

Dos sonhos e planos que passam pela cabeça
poderia ele dizer
segue esse caminho
não esse

Ele organizaria a minha vida
um ser a cada dia
sempre distinta

Me ensinaria o real prazer
de viver em "ohana"
e me permitir então pedir
não morra

Me salvaria com o não-dito
dos segredos passados
mitos

Me transformaria em
São
Cachorro
Gato
e não me deixaria viver
longe do SEU abraço

Seria transformação
realização
e nunca o não

mas na minha idealização
torna-se ele poesia
fruto do meu desejo
e imaginação".

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Você abrigo

“No aperto do abraço
tenho carinho do seu tamanho
teu cheiro no pescoço
e teu quente que é tão gostoso

descanso meu cansaço
cochilo em seus braços
até que você me acorde
de suas pernas, peito e colo

tua beleza é sempre tua
Bonito
Já sinto que lá vem você e suas perguntas
Se fica melhor com isso ou com aquilo
Se pode continuar a seguir este caminho
 ou se já pode desistir

nas suas tintas nas mãos
e cores num peito macio
há dores
flores
amores

De você já nem sei mais o que quero
O que somos
o que sinto
Suas bobagens eu ignoro
E do seu aperto faço abrigo

Me vicia sua presença
Bonança
E madrugadas andanças

Quarto no fundo
Casa
Sala
Sofá
Não alimentar
Brigas sem esperar

Façamos do nosso convívio
Abrigo
De nossas tão semelhantes teimosias
Das alegrias sempre sadias
Das folhas e poesias

Do cotidiano
Um “como foi seu dia?”
Suburbano
Sempre na correria
E quem diria
Ligar toda hora
Todo dia

Amizade,desejo, lampejo
Da dúvida traidora
De você ainda quero o beijo

De tudo que me tira a paz
E na perda de controle que a ansiedade me traz
As vezes escolho o nunca mais

Na ânsia
Minha boca não para
Chata!
E você ainda me quer
Me abraça
E me pede pra ter sua calma
Sua paciência
Eu tenho carência
Não me peça pra respirar
E ter decência

Hoje só quero naturalmente ser e estar
por perto de você
até quando me permitir ficar

e se nada disso adiantar
que possamos viver
e por dentro nos eternizar.”

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Me entrando



"Quando teu rosto me vem aos olhos
ainda que abertos

todo som que ecoou durante a noite e o dia

silencia


por um instante não quero olhar pra trás

e assim alimentar a esperança que serei seguida

por qualquer um

vazia


sei que meu peito precisa tapar

o que sumiu de dentro de mim

e não quer mais se instalar


a alegria num olhar verde

o coração pegando fogo num toque

e o maior e mais puro par

seu abraçar

ainda espero que seja meu

quero que o meu sonho e o seu sonho

voltem atrás e passem a ser merecidamente

nosso sonhos

planos sem dono


assim eramos

antes de eu te perder


o tempo ainda não me mostrou

porque tudo teve que assim ser

e ainda sabendo que o tempo vai resolver

meu peito clama por você


andando no asfalto brilhante do centro

me peco envelhecendo

apodrecendo de saudade

de falta

na confusão me dá raiva da situação


ainda que o 'nunca mais' exista aqui

por vezes pego os meus sonhos fugindo

e fingindo que ainda são também os seus


assim éramos

até que fiz uma escolha

escolha de mudanças

por outros peitos andanças

vivências

experiências

e arrependimentos


não nós conhecemos mais

nem eu a você, nem você a mim

então que isso tudo fique logo lá trás


a essência fica

tem que ficar

e o os ponteiros nos respondem tudo

quando querem

não quando queremos

respondem ao seu modo de ler nas estrelas

o que escrito já está


assim agora sou eu

depois que escolhi

me arrependi

me perdi

me aprendi

me entrei


e não mais me achei..."

Fantasia



“Nos engana nossa quimera.
 Merda!

Choramos os desejos
Confundimos sentidos
Negamos o real”.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Manhã Garoa

“Não conto os passos
Mas acho que não dou muitos até a minhoca de metal
Infernal
Com idosos de pé só porque o meu lugar não é o preferencial

Na garoa em S.P.
Aperto o passo
E não vejo necessidade de tirar o guarda chuva da bolsa

Olho para ao lado
Eu quero um carro!
Ir pro trabalho sem se preocupar
Com garoa
Minhoca de mental ou guarda chuva

Ainda que atrasada
Não tenho nada de lesada
Só me perco quando não me entro
Não prescrevo
Se não nem me reinvento
Perco essência".

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Para Mauro Ramos - Por Fábio Ramos

"No canto esquerdo da cama
o teu cheiro
No espelho do banheiro
o teu rosto
Em cada comodo da casa
tua presença
No pensamento
teus ensinamentos
No coração 
a saudade
Tua essência 
no meu caminho
Tua lembrança
na eternidade
Tua existência
em minha filha
Tuas lições
e minha mãe
A tua falta 
em mim
Ferida aberta..em fim".

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Sem



“Desculpa
Meu peito ta doendo agora
E é mentira que preciso definir coisas
Não queria decidir nada
Só viver
Viver dali ou disso
Mas me paro
não posso
A vida teima em tentar me ensinar a fazer escolhas

Cansada de escolher
Entre ele e ele
Ele e ela
Cansada de ter que entender de que é o meu coração
ou de quem precisa ser o meu olhar

meu olhar?
Meu olhar não pode ser de ninguém
Porque ele está perdido
Não vê amor
nem dor

O peito sente
E se esparrama em lágrimas
A minha alma está perdida
e anda por ai
Sem se quer saber pra que casa ir

Não tenho nada em mente
Sento descrente
Sente, se iludi
Se espreme
depreme
depende

Certo e errado 
me diga agora sem curva
Não tem cura
Ainda se perde mais
Nas nuvens, rios e temporais mentais

E eu sigo só
Só pra mim
Só pra ti
E a solidão é meu medo
Não pertencer também
Mas continuo
Sentindo
Sem fé
Sem jeito
Sem peito
Sem posto
Sozinha”.

Pedido mentiroso



“Pare de se mexer
Por favor
não solte os cabelos
E nem exale esse seu cheiro
Peço socorro

Moreno
Menino
Bandido
me rouba da cena
Da partida
Da vida
 
Anseia com as pernas
que nada podem fazer
só se mover

não pegue a touca na mão
e nem me olhe com esse olhar de vulcão
não me toque
nem me adore

eu tento correr do seu eu
jeito de ser tão único

não leia a minha alma
porque senão vai ver
que em meu peito guardo
apreço e sentimento 
por cada parte de você”.