quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cantora Maysa 05/11/1975

"Hoje em dia a coisa mais fácil do mundo é não ser, cê foge! Você passa a vida inteira fugindo de uma necessidade de ser. Então é mais fácil não ser..." (Maysa na primeira fala desse vídeo).



Programa Maysa: Estudos gravado em 1975 e reexibido em Julho de 1999 na TV Cultura de São Paulo.

Por mim, ás vezes


“Quase já usei todas as roupas que me restam,
Os sapatos que se descolam e soltam suas peças
Talvez por idealização
Carência
Seja o que for, tem sido bom e acredite meu caro, parece-me mau também!
Mas, apesar da moralista que existe em mim, há uma mulher que se vê em todos os lugares, em todas as pessoas e imagens.
Há aqui uma mulher que vive, sofre , sorri e chora. Uma mulher que do que é justo e dos sentimentos tenta tirar o bom, o amor e aprendizado.
Claro! Nem sempre é fácil, na verdade, praticamente nunca é. Afinal, nem tudo ou nada é como desejamos do fundo dessa alma que temos.
Essa mulher se esforça, ás vezes mais, ás vezes menos. Mas tudo bem, porque uma parte dela é humana, e em suas veias correm desse sangue animal subjetivo.
Ela é criança, menina madura, moleque sapeca, mulher do bem e ás vezes e não assumida do mal, mas ela não quer ser e nem estar, ela só quer é mesmo sentir".

Por: Mim

Maysa - Resposta

"Ninguém pode calar dentro em mim
Essa chama que não vai passar
É mais forte que eu
E não quero dela me afastar
Eu não posso explicar quando foi
E nem quando ela veio
Mas só digo o que penso
Só faço o que gosto
E aquilo que creio
E se alguém não quiser entender
E falar, pois que fale
Eu não vou me importar com a maldade de quem nada sabe
E se alguém interessa saber
Sou bem feliz assim
Muito mais do que quem já falou ou vai falar de mim"

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Por: Pedro Chagas Freitas

"Hoje apetece-me abraçar. Abraçar. Sem olhar a quem, ao Zé-ninguém e ao coitado que se julga alguém. Abraçar. Com força, com ternura. E até com suor ou lágrimas. Abraçar. Como se os abraços acabassem já amanhã. Ou hoje. Ou daqui a pouco. Abraçar. Fazer do abraço o novo “olá”, fazer do abraço o novo “passou bem”. E passar realmente bem. Abraçar. Um abraço que não passasse. E que me deixasse passado. Há dias em que me apetece abraçar. E tardes em que me apetece abraçar. E noites em que me apetece abraçar. Passar um dia inteiro a abraçar. Sair de casa e abraçar. O velho que se senta, acabado, no jardim. O jovem que corre, aluado, no recreio. A adolescente que namora, excitada, na esquina. E os adultos que andam, sem saber para onde, na vida de uma rotina. Abraçar. Um dia inteiro a abraçar. Eis um dia bem passado."


domingo, 7 de outubro de 2012

A vida indagou


Certo dia enquanto chegava em uma estação de trem me deparei com uma cena que me deixou demais agradecida da vida.
Um homem oriental com a face marcada por algum acidente com fomo estava a espera do trem próximo a escada rolante que eu descia.
Quando estava chegando ao fim da tal escada aquele homem me olhou, e para minha surpresa eu já o conhecia.
Quando ele me viu retribui olhar de forma sorridente.
Fui para a parte da plataforma que fico todos os dias, de frente para uma arvore que fica na avenida e esperei a chegada do trem.
Chegando ao meu destino, sai da estação cantarolando a musica que ecoava em meus ouvidos, quando para minha surpresa, emoção e alegria senti meu braço ser tocado e em minha direção um pequeno tsuru de papel.
Lindo, delicado e simples...
Desta vez eu não me perguntei nada, aceitei o tsuru e retribui com um muito obrigado sorridente.
Tomamos rumos diferente e eu andei a chorar de alegria, uma alegria da alma, algo que nunca havia sentido.
O aprendizado novamente se aproximou e me disse: tudo tempo e momento certo!