Levo das férias

"5 novos livros 

amizades mais fortes

alguns versos meus

algumas tentativas do mesmo romance

mais ações e aprendizados sociais

algumas saídas com os Poetas Ambulantes

novas pessoas conhecidas

novas pessoas desconhecidas

retorno pra casa

novo canto em construção

mais estresse

mais auto-conhecimento

mais tranquilidade

mais ar

corte de cabelo

piercing

alguns kilos também

Mais Sarasta

Sobrenome 

Guilhermina

Cooperifa

Candieiro 

Bando Poético

Menor Slam

mais olhares

mais surpresas e voltas da vida

um pouco mais de certezas

mais arte

olhares da Ocupação

S. Nelson

Espaço Comunidade

mais música

Além da Ponte

Apologia Groove

abraços, mas quero mais

alguns 'nãos' de alguns

alguns não de mim

mais luta 

mais protesto e busca

graffit

mosaico

escadarão

transformação

mais labuta pra mim 

mais labuta pelo outro

algumas brigas

outros acertos

alguns caminhos

outros tropeços

algumas entregas

não desistências!

teatro

romance

viagem

oficina

saraus

Menos um semestre

mais risos

mais sono

dias ativas

outros só na preguiça

Levo sonhos

desejos

tsurus

alegria 

e mais carinho do Tim

Levo um poesia que será publicada

ainda que eu quisesse ficar calada

não paro de expressar

seja para amor

dor

saudade

cotidiano 

ou simplesmente pra dizer de um jeito poético

o que levo das dessas férias"

Engano sabido, não visível

"Quando você percebe
está tudo trocado
tudo ligado
conectado

e não adianta se fazer de enganado
porque a vida nunca te disse quer seria fácil
então porque que a cara de espantado?

você já sabe que ela da volta mesmo
e não são só as pedras que voltam a se encontrar
amores podem voltar
inimigos podem se perdoar
amantes se separar
a gente crescer
chorar
lutar
e você deixar até de acreditar

ai se sente enganado
com cara de surpreso
inventa porquês para se entender

é meu caro,
eu me engano assim o tempo todo
ai vem a vida e pá!
dá na minha cara e me explode de novos ensinamentos

eu as vezes nem queria
mas ela teima
e quer me ver vida
e eu quase que descrente da tal entrega
arrisco ser poeta
nas horas em que ensaio
me entrar
explorar
poetizar
justificar

minha falta
de inspirar"

Dispersando Fúrias

"Me pediram pra escrever sobre ódio
eu preferi amor
me salvaram quando eu estava no ócio
e eu fui sem temer
mandaram me fuder
e eu busquei o porquê 

me saltou do coração
fúrias de vulcão
porque descobri então
que nas respostas
faltou foi empatia e compreensão

me agradeceram por eu ser eu
por mudar pra frente e seguir
me pediram uma conversa
e eu na raiva
na pressa
mudei o rumo
desmenti

querendo acertar o nada
respirei
deixei pra trás
fui por ali
dispersando sentidos omissos
passou."

LPDS - Punks, Loucos e DoidoS

"Um bando de Loucos, Punks e DoidoS

invadiram a cidade

disfarçados de LeoParDoS

se expressaram

subiram nos berais

pontos

lonas

janelas e morros

Perceberam então 

o sentindo de viver

com Liberdade

sendo Para DoidoS

ou não

foram felizes".

Ju em mim

"Ju
no mar
areia
ou sendo a Praia
desanda a dizer e mentir
que desistiu de mim

amor Presente em comum
as vezes é preciso ser renovado
reciclado
compartilhado

Na saudade anseio que chegue o dia
que no abraço vai saber
que eu amo você
e mesmo na distancia
sua presença se faz minha

Com o fim de tarde
em fios dourados
ela vem
me toma
e me faz falta
na bronca
conselho ou confusão

Sua amizade me pertence
e a minha a ti também

eu espero seu olhar e sorriso
no sábado lindo que vem."

Inspirada nele, Ni.

"Tenho medo de me apegar ao chão

E Esquecer de olhar pra cima

Pro céu na escuridão

Poluição

Viver em vão

E ser só mais um nessa multidão

De compreender

Que meu achismo progresso

É o regresso

Do meu existir

Existir assim

aqui

Ultrapasso lombadas

Que mais parecem montanhas

Erguidas pelos problemas que escolhi

E tenho medo de sentir medo

E deixar a coragem

Obrigatória

Para se viver e lutar

Tenho medo de ser mais reconhecida pelos os meus amigos

Nas fotos

Choro

Versos e prosas

E de perder a crença em mim mesma

Por falta de ideologia

Própria da essência

De criar um Deus falso dentro do peito

E com desleixo

Perder a fé

 

De pé

Assim como os que parecem não cansar

ser Ser ambulante

Até que se espane

meu calcanhar

Tenho medo da introspecção excessiva

De deixar de ser menina

Quando gente grande

Eu me encontrar

Da Psicologia

Política

Filosofia

Rimas em prisma

Me encontrar na poesia

E de deixar o resto da vida”.

As causas são minhas

"As causas que eu escolho
são só minhas escolhas
eu entendo
não peço que abrace comigo
mas respeite
o que escolhi como caminho".

Perê-ativa

"Cheia de força Negra
ela vem
com idéias
e conto de fadas

Entendidos como impossíveis para uns
mas sempre alcançavéis para ela
que agora
nos encanta

E desencanta também
Ligada no 200
300
400
500 volts
ou até se explodir
nos implodir

Lá dentro desperta
olhares em nossa alma
sempre certa e conhecedora
nos aconselha
querendo ou não
a gente estranha


Pula fogueira
Valores defende
Sobe na cadeira
Recita poesia
incomoda
toca seu chique-chique de miçangas
e quanto todos param
ela não se cansa
e quando todos exaustos
ela está impermeável ao desânimo

E nós não entendemos
distante
complexa
elétrica
nos apanha
quando nós queremos batê-la

Mostra
seu jeito de menina
com a energia de um Sansão no cabelo black
com coragem
humildade
grandeza

Não importa
a altura
fineza
ela tende a nos mostrar na alma
clareza."