domingo, 12 de outubro de 2014



Se acaso morrer de câncer
Causado pelos meus cigarros
Aviso!
Já selei o cadeado
Não precisa mais voltar
Meus pensamentos em fusão com o coração
Transitam em outra direção

Me anseio pela folha em branco

Alvejada de ilusões meus dedos correm sobre as teclas

E é só respirar um poucos mais fundo e me ouvir dizendo:

“ei! O mundo não acaba essa noite” 


Ansiosa por natureza

Recuso-me a aceitar os atrasos

Mas desculpe, ser pontual nunca foi o meu forte


Falta a calma

Falta navegar numa dimensão que não me agrada

Falta-me os pés no chão

E ainda assim, não mudo


Permaneço em mim

Entre tapas e saídas

Dessas repentinas

sem aviso

Sem conversa

Sem pressa


De amar logo!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014



Se não me faz sua parte
Me faz em partes


Parto todo dia pra ficar
E mesmo partida
Fico de teimosa
Porque o coração não me deixa dividir

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Admiro aqueles que não possuem pudor
Que não se preocupam em ser adequados
Tão pouco ficam presos ao que lhes é imposto
Eles sim são felizes...
Tiram os sapatos
Expõem suas unhas mal feitas
Colocam ao sol
Suas carecas e cabeleiras
Sentem cada poema como o amor esperado por toda eternidade
Despertam idealizações e as tornam concretude em linhas antes sem vida
Olham para si o que lhes agrada
Rasgam o que não suportam em seus quartos sozinhos
E mais uma vez expõem o peito em letras cursivas
Retas ou não
Deixam que a vida os leve
ainda assim parecem mais organizados do que eu
E certamente farão com que sua passagem nesta dimensão não seja a passos curtos
Não passarão sentados na cama pensando em como seria diferente se tivessem feito
Terão feito
Terão criado movimentos
E terminarão suas vidas sentados num bar, entre amigos, tomando aquele primeiro gole de cerveja num dia bem quente
Num baquete de prosas
Lembrarão suas rosas, espinhos e quem se foi
terão riscado berais
terão colocado cores nos muros
tocado um acorde
andando de moto
e estreado num palco
Passarão passarinho
De fininho, mas causando fogos de artificio em solos musicais
Em invernos infernais
e calores descomunais
não me incluo nisso ai
não faço jus ao que é existir
eu passarei
eles, passarinho.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Pode ir
Pode rir
Vá com suas bombas, más mulheres e status
Não quero que nada fiquei, nenhum rastro
Nenhuma blusa
Quero que você se arrependa de cada frase e meia volta que deu
Quero que Deus te faça ajoelhar em meus pés
E pedir desculpas com algumas lágrimas de amor
E sem pudor
Grite ao mundo que me ama
Que sou sua dama
Que sou sua chama
Que te chamo

No fundo
Assim como qualquer animal sanciente
Eu só quero ser amada
E que de desejos alvejada

Você vai
Meu travesseiro fica
E um singelo cheiro de perfume
Na sua blusa favorita por mim
Usada em ódios dos meus dias frios

Não obstante, a invasão vira confusão
Perde-se o tato
o controle
queremos o trono
estou com a razão

e no meio desse furacão
eu descarrego em meus versos
e com nada resolvido
vamos dormir sozinhos
eu e você!


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Se tivesse meu próprio dicionário, timidez seria um ruborescer de pudor.

Parafraseando o Nivaldo Brito Dos Santos, inspirado no Castro Alves e em mim.
E todo dia é uma luta nova
aqui dentro
e lá fora

A gente move montanha dentro do peito
Sem jeito 
Melhor não mais se mover 
Chega passado 
Passa, passa, passa...