sexta-feira, 24 de agosto de 2012

"Farta!
dos milhares de lutos
dos dias cinzentos e da fumaça intragável do meu cigarro
do pretos que corroem por dentro
das flores ainda vermelhas que não morrem
dos beijos, abraços e lágrimas
do que tem que ir e não vai
do que tem que ficar e não fica
dos sentimentos de morte de quem gosto
da partida que nunca finaliza
do desespero
do nome que se dá a tudo e não denomina a minha paz
Estou farta!
das verdades e da honestidade doída
do abraços dos amigos pela dor
Das lágrimas
do choro sem fim e do sal em meu rosto incurável
Da partida que nunca parte
das supostas idealizações que se julgam
do meu próprio julgamento e da culpa infinita, presente a todo instante
das dores nas costas
da metade incompleta e da solidão que persegue
Farta!
dessas palavras e das que meus olhos percorrem
Das Lágrimas
do passado
da paixão
do acaso
Farta!
do futuro e do amor presente
de me encontrar e em segundos me perder
das batidas do coração sentidas no abraço
e do meu olhar perdido
Farta das Lágrimas e da partida que não parte
Se divide..."

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